24 outubro 2008

Liana...

Hoje... penso em tanta coisa e não penso em nada, não sei se te fale de mim, de ti, dos outros, do tempo, do céu, da terra, das coisas ou das noites... das noites, sim, vou-te escrever das noites, dos dias, das horas, daqueles momentos começados inesperadamente quando uma voz te dá o alento de rever a sua sombra na noite…
Essas horas contigo, foram horas vivas e cheias de cor, a minha alma expectante e serena agarrava uma a uma todas as tuas palavras… o doce mover dos teus lábios cor de fogo… partilhamos ilusões e certezas e a noite vasta e contínua, foi caminhando... caminhando... até ao momento que por mero acaso te pude ver adormecer…
Como é bonito o teu dormir… Nos intervalos do teu descanso, ao acaso sem âncora, vagueei no tempo, e o tempo, esse vil traiçoeiro, chamou pela madrugada e eu fiquei sem amparo…

Por agora, não vou prender mais com falas o meu pensamento, quero deixar reinar o silêncio, porque é nele que está o melhor verso. Por favor vento, corre por aquela estrada e leva o meu pensamento e diz-lhe a ela, apenas a ela… que a minha alma, igual à luz do dia derrama-se no céu azul em ondas de ternura…

1 comentário:

sadness disse...

almas que se cruzam são sinais de um tempo...
um dia de cada vez...