17 maio 2008

Em mim...


Torna-se o dia na noite, Renasce a noite do dia…
Em cada passagem somos vermes inquietos à mercê do nosso inconsciente cansado, inconstante.
A cada momento, como uma pluma ou a densa pedra do caminho que piso, sou alma repleta de sonhos ou vazia de ilusões que renascem e morrem a cada momento.
Ser mais do que sou, serei ou sonho ser… Será talvez eterna quimera… Um auge que serei de certo incapaz de conhecer.

Inconstante, incoerente… Talvez… Mas sei que quero permanecer a teu lado e nesse desejo ter-te durante uma vida, ainda que muitas vezes sejamos imiscíveis nos nossos pensamentos…
Quero-te…!

16 maio 2008

No limiar de cada limite...


Gestos, atitudes, comentários…
Caminhantes desertos, somos por vezes
Em cada escolha de
Gestos, atitudes, comentários…
Geridos pela insanidade que nos invade
E cria em nós incoerentes
Gestos, atitudes, comentários…

Por vezes almas sabedoras, outras, uma invasão absoluta pela incapacidade de decidir o certo e o errado…
Entre estes dois limites vagueamos por vezes,
Outras, perdendo a razão, o máximo admitido em cada

Gesto, atitude, comentário…
É ultrapassado!

03 maio 2008

Recantos...


Por vezes passamos sem olhar, sem dar importância aos pequenos pormenores, até que um dia pisamos o mesmo caminho e reparamos nesses (in)significantes recantos que outrora o nosso olhar não guardou… Talvez por isso, nesta nova fase, retomando um percurso que de todo não me é estranho, guardo agora pequenos momentos, fracções de tempo outrora irrelevantes que se vão mostrando novos horizontes em cada dia…

Assim como em cada paisagem nova que paira sobre o nosso olhar, deixemos repousar cada irregularidade, cada contorno, cada limite visível, quem sabe nessas recordações que ficam haverá um dia a corrente robusta para nos içar daquele fundo obscuro…

Cada percurso, no seu tempo… Há coisas que permanecem, outras que fluem no ar como as pétalas frágeis em tempo de caducidade…