30 junho 2009

Esperança…

Habituei-me a viver num mundo com os piores cenários, e nesse processo acabei por me isolar na esperança de encontrar algo melhor, mas a maior parte das vezes esse melhor nunca acontece…
Porém coisas extraordinárias acontecem e ao contrário dos meus piores julgamentos, nesses instantes tudo parece possível, a esperança nasce, a dor diminui, o cinzento ganha luz…
Encho-me de expectativas, expectativas dos caminhos que irei traçar, das pessoas que irei ajudar, da diferença que farei...
Grandes expectativas sobre quem serei…
Sempre acreditei que seria grande...
mas hoje paro e percebo que não sou grande, sinto-me traída porque as minhas expectativas não se cumpriram….
É nesse momento que o esperado, simplesmente acaba em... comparação com o não esperado…
Embora sendo o esperado que me mantêm firme… ele é apenas o começo…
O não esperado... é o que muda a minha vida…
Ter esperança, é tudo o que me resta...

25 junho 2009

Celebrar...

Cada vez mais admiro a luta que implica ser, simplesmente, humano, é uma luta diária sem prazos mas com regras… e nunca deveremos deixar de dar graças pelas coisas que sabemos e também pelas coisas que nunca saberemos. ..
E, ao fim de cada dia, o facto de termos tido coragem para ainda estarmos de pé...
é motivo suficiente para celebrarmos a vida…

23 junho 2009

Desejo...

Vezes de mais, aquilo que mais queremos, é o que não podemos ter…

e mesmo assim não conseguimos evitar que o desejo nos quebre o coração… desgasta-nos...

e pode até arruinar a nossa vida….


Mas, por mais difícil que seja querer algo,

as pessoas que mais sofrem são as que não sabem o que querem…

21 junho 2009

Acreditar...

Tenho dias em que recordo muitas vezes de quando era criança e acreditava que o meu futuro poderia ser escrito como um conto de fadas, não como aqueles cor-de-rosa, aliás não sei se seriam bem contos ou se seriam sonhos ou desejos de como a minha vida seria… Uma vida feliz sem preocupações maiores, no meu caso sem Príncipe Encantado mas com um castelo numa colina rodeado de muita natureza... e, à noite, quando fechava os olhos na cama tinha total e completa fé que o dia seguinte seria igual ou melhor…
Mas o tempo em toda a sua nobreza acaba por nos fazer crescer. Um dia, abrimos os olhos e o conto de fadas desaparece… nesses momentos procuramos encontrar algo em acreditar e confiar, mas no final das contas, a fé é uma coisa engraçada. Aparece e desaparece quando menos se espera.
É como se um dia percebêssemos que o conto de fadas pode ser um pouco diferente do que sonhávamos. O castelo, bem, poderá não ser um castelo… e começa a não ser tão importante que se seja feliz para sempre, apenas que se seja feliz agora…
De vez em quando, muito raramente, as pessoas surpreendem-nos, e de vez em quando, as pessoas até podem tirar-nos a respiração, mas há outras vezes ainda que nos deixam com a alma vazia…

16 junho 2009

Demasiado...


As coisas boas nem sempre são o que parecem, porque na verdade ao longo da nossa vida, vamos alterando os desejos, as sensações, os sentimentos e os sonhos… mas uma verdade fica, demasiado do que quer que seja, até amor, nem sempre é algo bom… o problema é perceber quando é que o demasiado é demasiado.
Demasiada informação…
diversão…
sensações…
amor…
exigência…
sentimentos…
sonhos…
Quando é que tudo é demasiado para aguentarmos?

12 junho 2009

Valeu a pena...

Sempre que algo corre mal a tendência é culpar o destino por ter feito uma má escolha mas tantas vezes escolher nunca é uma opção.
Mas a vida tem me dado algumas certezas, o amor, bem como a vida, passa por tomar decisões, por vezes fáceis mas outras extremamente dolorosas.
Sempre acreditei que as vezes, estamos destinadas a ficar junto de alguém mas apenas algum tempo, e depois lentamente o tempo acaba… sinto que se soubéssemos de antemão talvez tudo ficasse melhor pois com toda a certeza iríamos aproveitar ao máximo, todo o presente.
Sempre achei que quando crescesse iria controlar facilmente o meu destino, nunca iria deixar que nenhum amor ou coisa parecida me arrastasse….
Cada vez mais acredito que, em grande parte, o amor tem a ver com escolhas… tem a ver com pousar o veneno e o punhal de todos os nossos medos e incertezas e criar o nosso próprio final feliz, mas se por vezes e apesar das nossas melhores escolhas e das nossas melhores intenções, o destino ganhar, temos que conseguir dizer sempre:
Valeu a pena.

08 junho 2009

Adiar…

Sinceramente nunca consegui perceber porque adio sempre as coisas, mas se tivesse de adivinhar, com toda a certeza que diria que tem muito a ver com medo… medo de falhar, medo de sofrer, medo de ser rejeitada… Mas às vezes, é apenas o medo de tomar uma decisão…
Questiono-me... e se estiver enganada? E se cometo um erro que não posso desfazer?
Eu guardo sempre tudo até ao último minuto… e depois nesse instante acabo por perceber que o tempo certo para dizer as coisas já passou…
Sempre que hesito perco e nunca poderei fazer de contas que não me avisaram…
Passamos o tempo todo a ouvir os ditos, a ouvir os filósofos, a ouvir os nossos avós a falarem do tempo perdido, até chegamos a repetir todas as balelas dos poetas a dizerem-nos para vivermos o momento… mas mesmo assim, às vezes, temos de ver por nós mesmos, temos de cometer os nossos erros, temos de aprender as nossas lições, temos de varrer a possibilidade para baixo do tapete do amanhã, até não podermos mais, até que finalmente percebamos que saber é melhor do que imaginar, que acordar na realidade é melhor do que dormir no sonho… e que até o maior e o pior dos fracassos, o mais crasso dos erros, é melhor do que nunca tentar…
Sabendo tudo isto, porque continuo a flagelar-me e a adiar?
Olha... sabes que te digo? Gosto de ti e pronto.

01 junho 2009

If it be your will...

Reconheço que muitas sensações e desejos habituais me abandonaram nestes dias que passaram… terá sido apenas o constatar de uma certa incompatibilidade, no fundo sou ágil e voraz como os leões, mas inconsciente e pacifica como as cegonhas… ainda assim recuso conhecer-me e aceitar-me como sou…
Gosto de me confrontar, repreendo-me e exijo tanto de mim que acabo por pedir demasiado aos outros… por vezes sinto que posso tanto…
As palavras agitam-se no meu pensamento, querem sair de mim, apressadas quase como em fuga, nada permanece… não tenho certezas sobre nada, não tomo decisões… mas assim também não posso viver…

ando constantemente sobressaltada, absorvo incessantemente todos os pormenores e contradições que saem do teu pensamento…

mas de cada momento que fico parada a olhar para ti…

tudo o que vejo é um vento inconstante, ora quente e próximo, ora frio e distante…