26 agosto 2008

A conquista do perder...

Sentir que a vida ora nos persegue ferozmente, ora nos foge por espaços vazios que deixamos ao abandono sem por vezes termos a percepção… Sentir o topo e a vitalidade em nós, a esperança de que o conquistado não seja somente mais uma quimera… E, de repente o castelo desaba e a rainha em que nos tornamos não passa do forasteiro afinal… Aquele recolhido nas suas próprias saudades e ilusões…

Assim é a conquista e o perder…. Assim… te perdi…!

10 agosto 2008

Paradigma...


Sentir que o sorriso me escapa,
Tumultuoso paradigma,
Neste silêncio que me arrasta e me arranca da vida…

Meu triste deserto,
de um mundo só meu
Em que não alcanço o certo…

Meu rosto cedeu…

Aos traços vincados do fado,
Meu destino,
Meu fardo…

Minha ama se expande em lágrima minha…

Meu destino, meu fardo…
Que me traz à vida!

07 agosto 2008

Um sonho... alma de poeta....



(Algo antigo perdido algures nos ficheiros do meu computador...)



Oh! Estúpidas palavras…
Porque fogem de mim assim?
Porque me escapam do bico desta caneta
Quando só a vós vos quero escrever?!

Não sois cruéis com a minha alma
Neste meu desassossego solitário
Compartilhai as minhas mágoas
No silêncio raivoso de vós…

Oh! Palavras…
Palavras por mim não proferidas
Arrancadas da minha mão
Que vos sinto tão longe
Num sítio inalcançável para o meu coração!

Porque sois assim?
Teimosas e brincalhonas,
Vivendo escondidas da minha mente…!
Apenas vos quero pedir ajuda
Para rabiscar com esta caneta

Estarei a pedir muito?
A quem ireis servir?
Aquele e ao outro poeta,
A quem já todos estão fartos de ouvir?

Não sois assim injustas,
Iluminai também o meu ser
Porque poeta que é poeta
Com a vossa ajuda ou não
Jamais irá desaparecer!!!