09 dezembro 2012

Ainda hoje...

ainda hoje choveu...
mas as lágrimas celestes não tocaram o meu coração, que de tão feliz se não deixa intimidar.
ainda hoje não vi o sol...
mas os meus olhos não se entristecem pela falta da sua luz, pois só o teu brilho me ilumina.
ainda hoje o mundo não me sorriu...
mas o teu amor me fez sorrir para ele.
ainda hoje bem cedo na manhã...
enquanto a lua se deitava, olhei o horizonte e pensei, como é linda a vida quando eu te posso amar...
adormeci, sonhei contigo e esqueci tudo o resto...

08 dezembro 2012

De maneiras que é assim...

Sabem, às vezes é preciso ir contra a corrente, especialmente quando a corrente vai noutro sentido. E não vai contentar todos, mas sabem o que se diz, "não se pode agradar a todos".
Porque, encaremos, se não formos verdadeiros agora, que lições seremos capazes de ensinar àqueles que vêm a seguir a nós?
Onde irá a próxima geração encontrar a força para serem eles próprios?
Quero dizer, claro, a vida está cheia de compromissos, mas temos de ser leais a nós mesmos.
Há diferentes tipos de lealdade e alguns são mais importantes que outros.
Mas ser leal a si mesmo? Esse é o meu favorito.
E às vezes é preciso fazer sacrifícios para poder estar de cabeça erguida. Mas não pode correr mal se estiver a ser verdadeira consigo mesma, o seu verdadeiro eu, não aquele que todos querem que seja. Porque é aí que as coisas boas acontecem.

21 novembro 2012

Momentos...


Escolhi um lugar a sorte para me sentar e aproveitar o sol do final de tarde…
num instante quatro jovens sentam-se perto da minha mesa a falar alto de coisas sem nexo… falam de gelados, “comi este e aquele” “gosta dos de leite?” e mais não sei o que, irra coisas de gajas mesmo.
Viro o olhar.. 
 vento… 
carros passam… 
linhas de vidas que se cruzam…

Novo assalto, a raça das raparigas teimam em anular os meus pensamentos com as vozes estridentes, agora o assunto é a gordura, gelados e pimba gordura, tudo com lógica, daqui a pouco deve surgir o tema top.
Além perto da rotunda, sobressai uma palmeira enorme em frente a uma casa antiga e abandonada… 

África assalta-me o pensamento, as cores deste dia lembram um qualquer dia da minha infância.

Reboliço normal de uma cidade e o meu olhar de criança ansiosa por saber que terá pintado assim o dia?
Que giro todos passam apressados, os que conduzem os que andam a pé, a excepção é novamente estas quatro do lado, irra que pertenço a uma classe que por vezes é tão oca nas conversas.

Mas tu não és assim… deve ser por isso que me atrais tanto.

Agora reparo que bebi café, ora se fumasse um cigarro seria a verdadeira boémia que esvazia as tardes na esplanada a observar as pessoas e a escrever notas, uma imitação perfeita de um qualquer escritor famoso.
Os minutos passam e a porra da conversa da gordura continua.

Dou comigo a pensar novamente em ti… realmente não entendo porque se distinguem gerações, afinal encontro tantas afinidades e interesses em comum contigo, porém quase duas décadas nos separam. Estou tão completa e acho tão natural estar contigo que confesso que nem me lembro que somos iguais… 

gosto da expressão, amor entre iguais.

10 outubro 2012

Iguais


Existe esta coisa... 
que acontece quando alguém descobre o que somos.
Parece que para de nos ver como uma pessoa e começam a ver algo diferente
do que realmente somos.
Mas porque raio nos hão-de olhar de forma diferente?
Não somos como qualquer outra pessoa? 
por vezes incertos...  outras defeituosos... e também normais.
A verdade é que nos obrigam sempre a agir como fortes,
estóicos e a esconder o fato de que todos somos muito humanos...
Mas o fato é que... somos pessoas.
Por vezes complicamos com tudo... outras perdemos o caminho 
e até os melhores de nós temos dias que choramos...
Ainda sim, avançamos.
Não descansamos nem celebramos vitórias pessoais,
porque há sempre mais uma barreira a conquistar
Por isso nos forçamos sempre a continuar tentando, 
a continuar aprendendo...
na esperança de que... talvez... algum dia...

17 setembro 2012

Mudança...


Ciclicamente não nos livramos de a sentir na pele…
Não gostamos, temos medo dela,
mas não podemos impedi-la.
Ou nos adaptamos à mudança e alteramos projectos e sonhos ou ficamos para trás….
É doloroso o processo de crescer não é?
Quem diz que não é, 
de certeza que mente. 
Mas a verdade é que algumas vezes, 
quanto mais as coisas mudam, 
parece que mais elas continuam iguais,
Na verdade algumas vezes, 
sentimos que a mudança, é boa…
Mas há vezes em que a mudança…  
é tudo.

16 setembro 2012

Cada lugar teu...


três palavras capazes de abrir sonhos e medos...
podem quer dizer, aqui estão o meu coração e a minha alma, por favor,
faz deles desejos mas não os tire de mim...

Há coisas que não conseguimos evitar.
E outras coisas que simplesmente não queremos saber.

O que era bom é que houvesse um manual sobre sonhos,
Uma espécie de guia que nos dissesse quando nos excedemos, ou quando pecamos..
Era bom, se pudéssemos prever.
Eu não sei como é que nos encaixamos nos sonhos...
Vai-se até onde se pode...
e fica-se tanto tempo quanto possível.
Quanto às regras...

Talvez não haja nenhuma
Talvez as regras dos sonhos
tenham de ser definidas por nós mesmos
sem nunca ter medo de naufragar...

13 setembro 2012

What else is there?


Não sei porque vivemos uma vida sonhada e outra real...será pelo medo de falhar, medo de sofrer, medo de ser rejeitada.
Às vezes, é apenas o medo de tomar uma decisão. A verdade porém é que nos martiriza a pergunta, e se estivermos enganados?
E se cometermos um erro que não podemos desfazer?
Mesmo quando ouvimos o raio dos poetas a dizerem-nos para vivermos o momento, mesmo assim, às vezes...

temos de ver por nós mesmos.
Temos de cometer os nossos erros.
Temos de aprender as nossas lições.

Temos de varrer a possibilidade para baixo do tapete do amanhã, até não podermos mais,até que finalmente percebamos
que...
saber é melhor do que especular.
Que acordar é melhor do que dormir.

Até o maior fracasso, até o pior, o mais crasso dos erros
é melhor do que nunca tentar...
afinal de contas...
o amor está mesmo ali ao virar da esquina...

02 setembro 2012

tempo...



Voltar à vida é aceitar o que aconteceu. Mas eu não posso aceitar. Não posso seguir em frente. Não posso voltar para trás. Por isso sustenho a respiração, vivendo num estado suspenso de existência.
Tudo o que era claro é agora escuro. E o mundo parece um sítio vasto e hostil. A morte está por todo o lado aqui. E de alguma forma, é suposto afastar tudo isso, esquecer que se viu, seguir em frente. Isto é o inferno? Ou o inferno é nunca voltar a amar?

15 agosto 2012

Vazio...

Hoje é um daqueles dias em que me sinto especialmente triste. Parece que o cosmos virou caos, sem hipóteses de solução. Se o amor não é suficiente para que as pessoas que amamos nos respeitem, então de que serve? Prefiro odiar. A ti, que não gostas de mim, e a mim, que não consigo parar de gostar de ti.

19 julho 2012

que assim seja…



Há sempre algum momento da nossa vida que nos faltam as palavras e sobra-nos o silêncio... silêncio e tempo… é necessário ficar a certeza que viveremos nos corações que deixamos para trás… mas antes também há um momento para dizer àqueles que amamos que os amamos... e depois se partir for o nosso destino, que assim seja…

10 julho 2012

Então até quarta-feira

De repente percebo que vivo entre mundos ou melhor vivemos entre mundos, não são dois ou três, são muitos mesmo muitos. Em cada momento do dia os mundos vão-se revelando, as vezes com uma simples frase; então até quarta-feira.
É aqui que eu compreendo que a alma tem um território que não coincide com o do corpo, ninguém sabe nada de ninguém e por mais que o contradigam, acredito fielmente que morremos inéditos, morremos por descobrir.
Na verdade com todo a pressa que a vida acontece, perdemos a capacidade de identificar as horas felizes que vivemos e chegar a penosa conclusão de que não estivemos à altura do milagre assombroso que o destino nos proporcionou.
Hoje percebo que tenho perdido alguns milagres, a minha dúvida é; quantos mais irei perder?
Então, até quarta-feira

26 março 2012

sem sentido...

Ao longo da vida fui aprendendo que a pior arma que alguém pode usar contra nós e a nossa própria imaginação… aproveitando-se de todas as dúvidas e incertezas que ali se escondem… por vezes teima a dúvida em perceber se seremos verdadeiros com nós mesmos? Vivemos por nós ou pela expectativa dos outros?

Porém uma enorme dúvida se levanta, se formos acessíveis e sinceros, será isso garantia de que algum dia seremos realmente amados? Teremos a coragem para libertar os nossos segredos mais ocultos?

Ou a verdade é que afinal de contas somos todos incompreensíveis até para nós mesmos?

13 março 2012

Cartas a M...

Realmente as vezes o amor é monótono, mas a verdade é que ele é o topo sensível de uma imensidão de coisas, é o vértice de toda a vida que nos sustenta... as vezes fico assim dominada por uma vontade enorme de gritar o teu nome repetidamente, e a cada intervalo, a delicia de sentir as minhas mãos nas tuas, os meus dedos a delinear o teu rosto, o ardente da minha pele na tua, o calor da tua boca, o terrível dos meus dedos nos teus cabelos, o prazer horrível ate a morte de sentir o teu sorriso... as sombras crescem a noite avança e o universo entra dentro de nós...

01 março 2012

The power of love

Às vezes a tristeza ou a alegria desabam sobre mim, sem nenhum tumulto posterior, sem nenhum outro sentimento... fico dissolvida em pedaços, caio, escorro, derreto...

Ainda assim como posso sentir a doçura!...


De repente.....

silêncio...

com aquela insuportável réplica....

29 fevereiro 2012

Ausência...

Debruço-me na tua ausência como se o vazio dotado fosse de ombros largos, cor, calor e pudesse ouvir ao relento roçar o ponto mais sensível da imensa falta que me fazes...

26 fevereiro 2012

Cartas a M...


Quando avisto o céu nos teus olhos, vejo sempre uma cor diferente, uma cor brilhante, incandescente, sublime, que domina toda a minha alma... e eu, não consigo ver um arco-íris mais belo que o teu suave mover de olhos.
Estás tão viva no meu pensamento...
Os pormenores da paisagem perdem-se, um silêncio confrangedor domina-nos, dentro de nós, vagos receios, fazem-nos criar um mundo exterior a tudo, só nós existimos... e eu posso então admirar aquela que me prende, aquela em que eu vivo, doce figura que para meus olhos fosse mais formosa, seria impossível.
O sono já me toca de manso, no céu tudo é luar, só há uma ponte azul que a lua não consegue desvanecer, e é por ela que deslizo, quando longe na noite suspiro por te encontrar...


22 fevereiro 2012

Destino...





Aguardo serenamente que chegue a madrugada...

faltam dois dias para te voltar a ver, depois faltarão seis e depois mais seis e mais seis para... para quê?

estou em contagem decrescente para quê?
o que me espera?
o que te espera?
o que nos espera?

cada vez mais a certeza que em todos os caminhos uma companhia imutável...
a ilusão...

01 fevereiro 2012

Cobrar...


O que eu acho que pesa mesmo é a nossa disposição para tolher a nossa vida em função do ser que amamos. Acho que se não cobrarmos do outro a nossa porção de amor, atenção e sacrifício que nos cabe, a vida se encarregará de cobrar de nós o nosso tempo perdido... e o que fazemos com as sobras? O que fazemos quando as nossas crenças se desfizerem e ficarmos à mercê de uma vida sem esperanças? Quantas vezes seremos capazes de recomeçar?
Sempre? Sempre pode ser tarde demais...