29 fevereiro 2012

Ausência...

Debruço-me na tua ausência como se o vazio dotado fosse de ombros largos, cor, calor e pudesse ouvir ao relento roçar o ponto mais sensível da imensa falta que me fazes...

26 fevereiro 2012

Cartas a M...


Quando avisto o céu nos teus olhos, vejo sempre uma cor diferente, uma cor brilhante, incandescente, sublime, que domina toda a minha alma... e eu, não consigo ver um arco-íris mais belo que o teu suave mover de olhos.
Estás tão viva no meu pensamento...
Os pormenores da paisagem perdem-se, um silêncio confrangedor domina-nos, dentro de nós, vagos receios, fazem-nos criar um mundo exterior a tudo, só nós existimos... e eu posso então admirar aquela que me prende, aquela em que eu vivo, doce figura que para meus olhos fosse mais formosa, seria impossível.
O sono já me toca de manso, no céu tudo é luar, só há uma ponte azul que a lua não consegue desvanecer, e é por ela que deslizo, quando longe na noite suspiro por te encontrar...


22 fevereiro 2012

Destino...





Aguardo serenamente que chegue a madrugada...

faltam dois dias para te voltar a ver, depois faltarão seis e depois mais seis e mais seis para... para quê?

estou em contagem decrescente para quê?
o que me espera?
o que te espera?
o que nos espera?

cada vez mais a certeza que em todos os caminhos uma companhia imutável...
a ilusão...

01 fevereiro 2012

Cobrar...


O que eu acho que pesa mesmo é a nossa disposição para tolher a nossa vida em função do ser que amamos. Acho que se não cobrarmos do outro a nossa porção de amor, atenção e sacrifício que nos cabe, a vida se encarregará de cobrar de nós o nosso tempo perdido... e o que fazemos com as sobras? O que fazemos quando as nossas crenças se desfizerem e ficarmos à mercê de uma vida sem esperanças? Quantas vezes seremos capazes de recomeçar?
Sempre? Sempre pode ser tarde demais...