10 outubro 2005

sonhos...

Toda a hora é materna para os sonhos mas é preciso não o saber, porque o dia nunca nasce para quem encosta a cabeça no seio das horas sonhadas, somos tristes quando sonhamos, porque não podemos ser o que queremos ser, porque o que queremos ser, queremo-lo sempre ter sido no passado. À beira mar quando a onda se espalha e a espuma chia, parece que há mil vozes mínimas a falar,
Nenhum sonho acaba, sei eu ao certo, se o não continuo sonhando se o não sonho sem saber, se o sonhá-lo não é esta coisa vaga a que eu chamo a minha vida, então tudo é muito, e nós não sabemos nada...

1 comentário:

Helena disse...

... e mesmo que um sonho acabe, há sempre novos sonhos para serem sonhados e a vida é isso mesmo: uma sequência de sonhos e pesadelos.

Ava