29 dezembro 2005

Saudades...

As vezes questiono-me sobre tudo e sobre nada... será isso não me acomodar e lutar?
Sei que me desgasto e tantas vezes ganho e outras tantas perco, mas as vitórias já perderam o sabor de outrora... e as perdas permanecem pesadas... porque será que as perdas se assemelham tanto a um rumo sem inversões de marcha?

28 dezembro 2005

Apatia...

Suspiro toda esta exibição patética que o ser humano faz para se mostrar e para se dar a conhecer... questiono-me onde será o limite de tanta solidão?
A insignificância nada deve a apatia...

26 dezembro 2005

Palavras...

As palavras ficam não importa o que se diga. Muito depois de terem sido pronuncidas, as que ferem continuam a fazer-nos mal, vivem dentro de nós, tristes e sem repouso...

24 dezembro 2005

Tempo de Paz...

Deus meu, neste Natal gostava de poder pendurar na árvore a embelezar e a dar cor e brilho, o nome de todos os amigos que passaram ao longo da minha vida. Para isso escolheria os amigos de perto e os de longe, os antigos e os recentes, aqueles que vejo diariamente e os que vejo ocasionalmente, os esquecidos e os constantes, os das horas difíceis e das alegres, os que sem querer magoei e os que me magoaram, Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles de quem conheço apenas a aparência. Os que me devem e aqueles a quem muito devo.
Que os nomes de todos os que já passaram pela minha vida, construam Uma árvore de raízes muito profundas para que os seus nomes nunca sejam arrancados do meu coração, de ramos muito extensos para que novos nomes vindos de todas as partes venham juntar-se aos existentes. Uma árvore de sombras muito agradáveis para que nossa amizade, seja um momento de repouso nas lutas da vida.
Que o Natal esteja vivo em cada dia do ano que se inicia para que possamos juntos viver o amor, a fraternidade, a tolerância e a paz…

21 dezembro 2005

Vazio...

Hoje sinto a alma completamente vazia… temo pelo aumento de abismos na minha vida, porque as vezes podem parecer tão suaves e cativantes, com todo o esplendor que os seus vazios apresentam… tenho que cansar o meu pensamento com palavras que nada dizem… sim eu sei… é tão triste falar assim, é um modo tão falso de nos esquecermos…
Parece-me ter sido há tanto tempo que me habituei a ouvir-me gritar dentro de mim, não sei se é hábito ou se é simplesmente porque já não sei o caminho da minha garganta ou talvez tenha medo que outros possam sentir a minha dor... mas também talvez porque não quero perder esta dor que me alimenta…
Eu sei que é estranho, mas tenho necessidade de sentir esta dor provocada pelo medo que sinto crescer cada vez mais... já tomou conta da minha alma e adormeceu num sono que absorveu todos os meus gestos e pensamentos…

19 dezembro 2005

...

Alicia-me para a névoa e para o crepúsculo…
Parto como o ar, agito as madeixas brancas ao sol fugitivo…