24 novembro 2005

Nada...

Tantas vezes sinto que a minha vida é um barco abandonado num cais deserto, onde há dores que não doem na alma mas que são dolorosas mais que as outras, neste barco há sensações sentidas, só de imaginá-las, são mais nossas do que a própria vida, por ali há tanta coisa que sem existir, existe demoradamente e demoradamente é nossa.
Naquela melancolia nem na verdade, há tanta suavidade em nada se dizer e tudo se entender, metade de sentir e outra de ver.

2 comentários:

Fornense disse...

eu penso que o meu barco não está parado num cais deserto mas vai rio abaixo um pouco sem sentido, quando toca numa berma volta para o centro do rio e assim vai andando lentamente..

Anónimo disse...

São palavras muito sábias de alguém que lida muito bem com assuntos do coração.