31 agosto 2005

Horizonte


Sinto-me constantemente numa véspera de despertar, sofro-me o invólucro de mim mesma, num abafamento de conclusões. De bom grado gritaria se a minha voz chegasse a qualquer parte. Mas há um grande sono comigo, e desloca-se de umas sensações para outras como uma sucessão de nuvens, das que deixam de diversas cores de sol e verde a relva meio ensombrada dos campos prolongados.
Sou como alguém que procura ao acaso, não sabendo onde foi oculto o objecto que lhe não disseram o que é.
Conhecer outras terras outros horizontes nunca é fugir. Não é o lugar que cria o sentimento, é o sentimento que o faz. È bom poder voar assim livremente, mas ainda melhor é ter sempre um porto de abrigo.
É preciso descobrir que a harmonia está dentro de nós e que apenas nós possuímos a chave secreta, embora existam pessoas que pensam que outro alguém possui essa chave e outros ainda nem desconfiam que essa chave existe…

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