30 janeiro 2008

Trilhos...


Vagarosos, ténues, serenos… Vigorosos, inconstantes, impacientes… Os passos de cada um, em dias que passam, em dias que ficam, semelhantes entre si no vazio permanente… Um trilho traçado de incoerências inquestionáveis por essa ignorância que nos assombra quando um dia esquecemos aquele que realmente vive em nós e permanecerá ainda que por vezes, escondidos em recantos jamais rebuscados no passar dos anos, de uma vida… O nosso EU…
Somos talvez, o nosso maior pesadelo, um avivar constante do materialismo imune a todas as emoções e a vida passa por nós e vingativa não ousa sequer ponderar esperar…
Perde-se um olhar, um sentir… E nessa rotina cansativa perdemo-nos no tempo e no espaço melancolicamente sem coragem de agarrar o que poderá espreitar.

Trilhos desertos, onde a solidão se apodera de cada alma perdida…

28 janeiro 2008

Sentido...

As palavras são cada vez mais fúteis sejam escritas ou sejam faladas… o sentido que as invade pode ser repleto de esperança e vida mas também podem vir sem amor-próprio, sem vontade, sem coragem, podem até ser palavras egoístas oriundas de pensamentos velhos e enrugados…
Tantas e tantas vezes quando lemos certas palavras, projectos nascem e morrem no mesmo instante…
Ser feliz… quantos sentidos terão estas palavras?...

27 janeiro 2008

Abraça-me... Esta noite...

No me olvides
yo me muero
Amor
mi vida es sufrimiento
Yo
te quiero en mi camino
Por vos
cambiaba mi destino
Ay,
abrázame esta nocheaun
que no tengas ganas
prefiero que me mientas
tristes breves nuestras vidas
acércate a mí
abrázame
a ti por Dios
entrégate a mis brazos.
Tengo
un corazón penando
Yo sé
que vos lo está escuchando
Con
mil lágrimas te quiero
Pasión
sos mi amor sincero
Ay,abrázame esta noche
aunque no tengas ganas
prefiero que me mientas
tristes breves nuestras vidas
acércate a mí
abrázame a ti por Dios
entrégate a mis brazos

Pasion por Rodrigo Leão

Esperança solitária



Restam-me esses esparsos raios de luz, que de olhos cerrados imagino… Cansada do trilho percorrido onde a espera é constante… Vejo-te ao longe e pergunto porquê?
Horas vagas também elas cansadas de irem passando…
Teu ser, intocável na tua tolerância a este mundo que te prende, amarra… Verás um dia meu olhar? Saberás um dia reparar nesta demência constante em que me embalo, pelos teus escassos sorrisos?

Espero, nesta minha solidão… Um dia olharás para mim…

26 janeiro 2008

À tua imagem...



Ainda recordas esses passos que demos outrora?
Sente que a brisa por ti passa, sente que a vida respira em ti…
Enquanto meu sopro não enfraquecer, terás em mim a tua juventude, pois com o requinte do teu olhar bebi por esse cálice sagrado as sábias palavras que guardo…
Recorto cada momento, cada suspiro e quando nessas complexas páginas paira a névoa e o desassossego de mim, respiro, escuto, revejo… És esse vulto intocável!

Delicadamente, ouso então, reservar-te esse paraíso em mim e em teu canto pincelo o sal das tuas lágrimas que não vi, a solidão desse ser que pressinto… Espero… O meu dia chegará…
Ocuparei também esse lugar?