11 julho 2006

Madrugada...

Já alguma vez se encontraram com a madrugada? É aquele instante em que o sono nos abandona… nesses momentos, perco-me entre a realidade e o sonho, num devaneio louco de nunca me saber adormecida ou acordada… é então que passam por mim, pensamentos curiosos com um sem número de ilusões, retratos, pinturas, gravuras que as brumas da mentira desfilam numa tentativa inútil de me acalmar a alma… essa… oscila entre uma paz que não existe e o eterno desconforto da amargura dolorosa mas tranquila…
Lentamente a luz do dia beija-me os olhos desvelados e a partir desse instante, conto com o ocaso e o poente no horizonte para me acalentar, manhãs e tardes observando a vida... na noite, lua, estrelas e nuvens fazem-me companhia numa presença solidária desenhando um novo dia para mim…

06 julho 2006

Fim...

Sinto-me irritada, sem descanso, triste e sem esperança… é uma lembrança para escutar com más intenções…Tudo segue num ritmo irritantemente certo, a monotonia domina por completo todas as minhas emoções, transformando-as num instinto premeditado, unívoco e historicamente escrito a tinta permanente e inalterável… os momentos passam, cruzam-se, repetem-se e a vida perde a sua própria filosofia, adquirindo um sentido apenas e com um só sentido… o fim.