29 dezembro 2005

Saudades...

As vezes questiono-me sobre tudo e sobre nada... será isso não me acomodar e lutar?
Sei que me desgasto e tantas vezes ganho e outras tantas perco, mas as vitórias já perderam o sabor de outrora... e as perdas permanecem pesadas... porque será que as perdas se assemelham tanto a um rumo sem inversões de marcha?

4 comentários:

Cantinho da pepper disse...

porque será que as perdas se assemelham tanto a um rumo sem inversões de marcha?

Talvez, porque assim o desejamos e dessa forma as mantemos vivas dentro de nós. Existe sempre a possibilidade de seguir em frente de soltar as amarras do passado e das memórias. Não conseguimos inverter a marcha, mas existem muitos outros caminhos a percorrer.
Ficar preso ao passado, às memórias é morrer lentamente ...é um definar constante.

"Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar."
Pablo Neruda

Anónimo disse...

A questão faz parte do ser humano. Se não questionassemos, por certo morreriamos de apatia.

Rui Barroso disse...

Um outro Autor famoso afirmou que «não há esperança para o ser humano».
Parece cruel, isto, não é? Mas se virmos bem talvez seja mesmo como ele diz. Mais que não seja porque um dia tudo terminará no grande apagão.
Então que fazer enquanto por aqui andamos? Assobiar para o ar? Por vezes não é má ideia... O que me parece é que alguns de nós estão condenados. Condenados a questionar, a entender e re-entender, a pensar e, o resultante de tudo isto: saber.
É este ponto que se vira contra nós duma forma por vezes até cruel: quando mais sabemos, mais sofremos.
Como não haveriam, quer as tuas vitórias quer as tuas perdas de não te provocarem mais insatisfação? Por um lado o "déjà vu" acontecerá certamente cada vez com mais frequência. Por outro, a desvalorização da vitória também se fará sentir mais, e mais profundamente.

Dizer o quê? Que há uma dose de irreversibilidade em tudo isto? Claro que sim. Mas curiosamente, mesmo dentro deste desconsolo, é possivel alcançar-se um certo equilíbrio. Não sei se é O Equilíbrio, mas é um, sem dúvida. E vem dum trabalho nosso, interior, e que ninguém pode fazer por nós. Mas consegue-se.



Nota final: quanto mais vivo, com menos certezas vou ficando. E assim, honestamente terei de dizer-te: não estou seguro de tudo o que escrevi aqui. Foram apenas opiniões, palpites como haverá tantos outros.
Serviu para alguma coisa? Se sim, óptimo! Se não... :)

Anónimo disse...

bom ano.
quero uma alma para mim...um parto de alma.
tess

tequilawarm@msn.com